Reajuste na tarifa de ônibus em Salvador deve ocorrer em 2026, confirma prefeito Bruno Reis



O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), confirmou que a capital baiana deverá passar por reajuste na tarifa de ônibus em 2026. A declaração foi feita neste domingo (29), durante coletiva de imprensa no Festival Virada Salvador, realizado na Arena O Canto da Cidade, no bairro da Boca do Rio.

Segundo o gestor municipal, a Câmara de Vereadores aprovou recentemente um subsídio que evitou o aumento ainda em 2025. No entanto, o contrato de concessão do sistema de transporte prevê mecanismos que tornam o reajuste inevitável para o próximo período.

Bruno Reis explicou que o contrato estabelece uma fórmula de cálculo baseada em indicadores econômicos. “A Câmara até aprovou um subsídio para pagar a conta de 2025. Existe um contrato de concessão que regulamenta uma fórmula paramétrica, que analisa o IPCA do período, a correção do diesel e estabelece esse reajuste”, afirmou.

Diferença entre tarifa pública e custo real do sistema

O prefeito detalhou que existe uma diferença entre o valor pago pelo usuário e o custo efetivo do transporte coletivo. Atualmente, a passagem cobrada na catraca é de R$ 5,60, enquanto a tarifa técnica, que representa o custo total do sistema, está em R$ 6,19.

De acordo com ele, essa diferença é coberta pelo poder público. “Isso significa que, a cada passageiro transportado, a Prefeitura está pagando R$ 0,59. Você pega 14 milhões de passageiros por mês, multiplica por R$ 0,59 e depois por 12. Aí você vai ver qual é a conta da Prefeitura. Vai ter o reajuste e em 2026 a gente vai ter que pagar a diferença”, disse.

Subsídio aprovado pela Câmara

A Câmara Municipal de Salvador autorizou o repasse de até R$ 67 milhões para o sistema de transporte público em 2025, medida que contribuiu para evitar um aumento maior na tarifa neste ano.

Bruno Reis ressaltou que o debate sobre subsídios deve continuar. “Vai ter reajuste na tarifa técnica e na tarifa pública. Em 2026, a gente vai ter que pagar o subsídio da diferença. Mas isso é contratual, e em todos os municípios é assim”, completou.

Prazos ainda não definidos

Apesar da confirmação de que o reajuste será necessário, o prefeito afirmou que ainda não há data definida para a decisão final. O tema seguirá em análise pela gestão municipal, que deverá avaliar os impactos financeiros do contrato de concessão e do subsídio aprovado.

A discussão sobre a tarifa integra um cenário nacional de desafios no financiamento do transporte público, marcado por aumento de custos operacionais, necessidade de subsídios e queda de demanda em alguns períodos.

📰 Da Redação / Chapada em Foco

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