Trump diz que “dias de Nicolás Maduro estão contados” e admite possibilidade de ações militares no México e na Colômbia

 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a adotar um discurso contundente sobre a crise na Venezuela e sobre o combate ao narcotráfico na América Latina. Em entrevista publicada nesta terça-feira (9) pelo site Politico, o republicano afirmou que os “dias de Nicolás Maduro estão contados”, reforçando o clima de tensão diplomática entre Washington e Caracas.

A declaração ocorre em meio a movimentações militares norte-americanas no Caribe e à intensificação do discurso de segurança nacional da Casa Branca.

EUA evitam descartar invasão à Venezuela

Questionado se descartaria a possibilidade de uma invasão terrestre à Venezuela, Trump preferiu não dar uma resposta direta, afirmando apenas:

“Não quero falar com vocês sobre estratégia militar.”

Mesmo evitando detalhar eventuais ações bélicas, o presidente declarou que um de seus objetivos é assegurar que o povo venezuelano – incluindo a comunidade que vive nos EUA – seja respeitado e protegido.

“Quero que o povo venezuelano seja bem tratado. Muitos vivem nos Estados Unidos. Eles têm sido extraordinários comigo”, disse Trump, mencionando que teria recebido apoio de “94%” desse eleitorado.

Alvos na América Latina: México e Colômbia no radar

Embora afirme atuar em uma “agenda de paz”, Trump deixou claro que pode ampliar operações militares na América Latina contra grupos ligados ao narcotráfico. O republicano citou diretamente o México e a Colômbia como países que, segundo ele, enfrentam forte fluxo de drogas que impacta diretamente os EUA.

O governo norte-americano já enviou uma força militar significativa para o Caribe em 2025, oficialmente com o objetivo de combater traficantes e pressionar o regime de Maduro. Na entrevista, Trump frisou que o envio das tropas não teria como foco derrubar o líder venezuelano, mas sim “proteger os interesses dos EUA”.

Pressão interna e limites políticos

A possibilidade de uma intervenção militar direta na Venezuela enfrenta resistência dentro da própria base conservadora dos EUA. Segundo a imprensa norte-americana, lideranças da direita alertaram Trump de que uma invasão terrestre seria uma “linha vermelha” para eleitores que o apoiaram justamente por prometer reduzir envolvimentos militares no exterior.

Mesmo assim, o discurso de Trump reforça uma estratégia que combina pressão diplomática, cerco militar e retórica de confronto — elementos centrais de sua política externa na América Latina.

📰 Da Redação / Chapada em Foco

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