Sindicato dos Correios anuncia indicativo de greve para 16 de dezembro diante de retirada de direitos


O sindicato dos trabalhadores dos Correios anunciou um indicativo de greve nacional para a próxima terça-feira, 16 de dezembro, caso a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) mantenha medidas que, segundo a categoria, representam retirada de direitos históricos dos funcionários.

A mobilização ganhou força após um ato realizado na quarta-feira, em frente ao Palácio do Planalto, quando representantes do Sintect-DF e da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) se reuniram com o deputado federal Guilherme Boulos para apresentar a situação enfrentada pelos empregados da estatal.

De acordo com o Sintect-DF, durante o encontro foram discutidos pontos centrais da campanha salarial, a ausência de uma contraproposta econômica por parte da direção dos Correios e o agravamento da crise financeira da empresa. Os sindicalistas relataram cortes considerados severos, como o fim do vale-peru, a redução de até 70% no pagamento das férias, a suspensão do plano de saúde e incertezas em relação ao pagamento do 13º salário.

Segundo representantes da categoria, além das perdas diretas, há preocupação com atrasos recorrentes. O sindicato afirma que, mesmo quando o 13º salário é pago, historicamente tem ocorrido fora do prazo legal, o que gera insegurança entre os trabalhadores.

O movimento sindical também aponta contradição no discurso político nacional. Conforme destacado pelas entidades, enquanto partidos e lideranças governistas criticam empresários privados por descumprimento de direitos trabalhistas, a própria estatal estaria adotando práticas semelhantes, afetando milhares de empregados em todo o país.

A categoria afirma que, caso não haja avanço nas negociações, a paralisação poderá ser ampliada e se transformar em uma greve nacional, impactando os serviços postais. Até o momento, a direção dos Correios não apresentou oficialmente uma nova proposta econômica aos trabalhadores.


📰 Da Redação / Chapada em Foco

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