Depois de um período de alívio nas finanças públicas, o resultado primário voltou ao terreno negativo em 2023 e permaneceu pressionado em 2024 e 2025. Para 2026, o cenário também não é considerado confortável: as previsões apontam dificuldades para o cumprimento das metas fiscais, mesmo com a possibilidade de bloqueios orçamentários e novas medidas voltadas à elevação da arrecadação.
Entre os principais fatores apontados para o agravamento das contas estão o aumento de gastos obrigatórios, a ampliação de programas sociais, reajustes ao funcionalismo público e maior volume de investimentos. Esse conjunto de despesas pressionou o resultado fiscal em um contexto de crescimento econômico moderado e arrecadação insuficiente para cobrir o avanço dos gastos.
Especialistas alertam que, sem ajustes estruturais que envolvam reforma administrativa, revisão de despesas e maior controle do crescimento das obrigações permanentes, a dívida pública brasileira tende a permanecer em trajetória de alta. A avaliação predominante é de que o próximo governo herdará um quadro fiscal delicado, exigindo decisões impopulares para reequilibrar as contas.
Para economistas, o desafio será conciliar a manutenção de políticas sociais e investimentos.
📰 Da Redação / Chapada em Foco
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