O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), pré-candidato à Presidência da República em 2026, afirmou nesta segunda-feira (15) que não tem certeza se associar sua imagem à do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, seria algo positivo no cenário político brasileiro. A declaração foi dada durante entrevista ao Jornal dos Famosos, da LeoDias TV.
O tema surgiu após o jornalista Leo Dias questionar Flávio sobre a retirada das sanções da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e os reflexos políticos desse episódio. O senador disse ter ficado chateado com a taxação de produtos brasileiros pelo governo norte-americano, classificando a medida como injusta.
Questionado se esse contexto poderia enfraquecer sua pré-candidatura, Flávio Bolsonaro foi direto ao afirmar que não vê relação entre os fatos. Segundo ele, o momento vivido pelo Brasil exige cautela em associações políticas internacionais.
“Não tem nada a ver com a minha candidatura. Do jeito que as coisas estão aqui no Brasil hoje, eu nem sei se é tão bom assim ter o Trump colado à minha imagem”, declarou.
Apesar disso, o senador reconheceu a importância de manter boas relações diplomáticas com os Estados Unidos, mas destacou que sua prioridade, caso seja eleito presidente, será a defesa dos interesses nacionais.
“Assim como Trump defende os interesses dos Estados Unidos, eu tenho que defender os do Brasil”, afirmou.
Durante a entrevista, Flávio também comentou as sanções aplicadas pelo governo norte-americano contra o ministro Alexandre de Moraes e a sobretaxa de 40% sobre produtos brasileiros exportados aos EUA. Ele negou que tais medidas tenham sido resultado de qualquer articulação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
De acordo com o senador, as decisões do governo Trump teriam sido motivadas exclusivamente pela defesa de empresas e cidadãos americanos que, na visão do ex-presidente dos EUA, teriam sido afetados por decisões do ministro do STF. Para Flávio, trata-se de uma postura alinhada à lógica de proteção de interesses nacionais, e não de interferência política brasileira no cenário internacional.
📰 Da Redação / Chapada em Foco
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