Sete chefes do Comando Vermelho são transferidos para presídios federais após megaoperação no Rio

 

Sete dos principais chefes do Comando Vermelho (CV) foram transferidos nesta quarta-feira (12) para presídios federais de segurança máxima, após uma operação conjunta entre o Ministério da Justiça, a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio (Seap) e a Polícia Federal (PF).

Os criminosos, que estavam detidos em Bangu 1, no Complexo de Gericinó, foram levados sob forte esquema de segurança até o Aeroporto do Galeão, na Ilha do Governador, de onde embarcaram em uma aeronave da PF com destino a diferentes unidades prisionais federais.

Operação de segurança máxima

A ação contou com a mobilização de ao menos 40 agentes do Grupamento de Intervenção Tática (GIT), que escoltaram os detentos até a pista. Cada um dos presos, com penas que somam quase 500 anos de reclusão, entrou individualmente na aeronave, sob vigilância intensa.

Com as transferências, o Rio de Janeiro passa a ser o estado com o maior número de detentos sob custódia federal, somando 66 criminosos de alta periculosidade. Somente em 2025, 19 novas inclusões já foram realizadas no Sistema Penitenciário Federal (SPF).

Motivo da transferência

A medida foi autorizada pela Vara de Execuções Penais (VEP) do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), em resposta aos ataques registrados no Grande Rio após a megaoperação policial nos Complexos do Alemão e da Penha.

Segundo o governo fluminense, os presos fazem parte da cúpula do Comando Vermelho. A transferência tem o objetivo de enfraquecer a comunicação entre os líderes da facção e os demais integrantes, reduzindo o poder de articulação dentro e fora dos presídios.

Chefes transferidos



Os sete criminosos levados para presídios federais são:

  • Roberto de Souza Brito, o Irmão Metralha – liderança no Complexo do Alemão;

  • Arnaldo da Silva Dias, o Naldinho – atua em Resende e é responsável pela “caixinha” da facção;

  • Alexander de Jesus Carlos, o Choque ou Coroa – também ligado ao Complexo do Alemão;

  • Marco Antônio Pereira Firmino, o My Thor – do Morro Santo Amaro, membro da comissão do CV;

  • Fabrício de Melo de Jesus, o Bicinho – de Volta Redonda, integrante da comissão da facção;

  • Carlos Vinícius Lírio da Silva, o Cabeça – da comunidade do Sabão, em Niterói;

  • Eliezer Miranda Joaquim, o Criam – apontado como chefe na Baixada Fluminense.

Risco de novos ataques

De acordo com o Ministério da Justiça, a transferência foi motivada por indícios de que os líderes ainda mantinham influência sobre ataques recentes no Rio e poderiam ordenar novas ações violentas caso permanecessem em unidades estaduais.

O governo afirmou que a medida faz parte de uma estratégia nacional de enfrentamento ao crime organizado, com foco em isolar as lideranças e cortar o fluxo de ordens criminosas que partem de dentro das prisões.


📰 Da Redação / Chapada em Foco


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