A declaração do magistrado reacende o debate sobre a necessidade de ajustes na dosimetria das penas, mecanismo utilizado pelo Judiciário para definir a punição aplicada a cada réu. Segundo críticos do modelo atual, a ausência de parâmetros mais claros pode resultar em decisões desiguais para casos semelhantes, comprometendo o princípio da proporcionalidade.
O Projeto de Lei da Dosimetria tem como objetivo estabelecer regras mais equilibradas e transparentes para a fixação das penas, reduzindo excessos e ampliando a segurança jurídica. A proposta vem sendo discutida no Congresso Nacional e ganha força ao receber sinalizações positivas de integrantes da mais alta Corte do país.
Ao reconhecer exageros em determinadas condenações, Gilmar Mendes se soma a juristas e especialistas que defendem uma revisão do modelo atual, argumentando que punições desproporcionais não contribuem para a efetividade do sistema penal nem para a ressocialização dos condenados.
A manifestação do ministro ocorre em um contexto de crescente discussão sobre o papel do Judiciário, os limites da punição estatal e a necessidade de equilíbrio entre rigor penal e respeito às garantias constitucionais. Caso avance no Legislativo, o PL da Dosimetria poderá provocar mudanças significativas na forma como penas são aplicadas no Brasil.
📰 Da Redação / Chapada em Foco
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