O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta terça-feira (11) que o Parlamento não permitirá qualquer perda de atribuições da Polícia Federal (PF), classificando essa condição como “inegociável”.
A declaração ocorre em meio à polêmica envolvendo o projeto de lei Antifacção, relatado pelo deputado Guilherme Derrite (PP-SP), que propôs mudanças que poderiam limitar a atuação da PF nos estados — o que gerou forte reação dentro e fora do Congresso.
“A Câmara não permitirá, em nenhum momento, que a PF perca suas prerrogativas. Essa é uma condição inegociável”, afirmou Motta. “O próprio relator, desde ontem, conversou com o diretor-geral da Polícia Federal por nossa mediação”, completou.
Mais cedo, o presidente da Câmara já havia destacado que a Polícia Federal deve ser fortalecida e valorizada no combate ao crime organizado e às facções criminosas que atuam em todo o país.
“Quero tranquilizar a sociedade: não é verdade que a Câmara esteja tentando tirar competências da PF. Pelo contrário, nós queremos fortalecer a instituição”, disse.
O debate sobre o papel da PF e das forças de segurança federais ganhou força após a apresentação do relatório de Derrite, que previa restrições na autonomia da corporação em investigações interestaduais. A proposta foi criticada por parlamentares, delegados e especialistas em segurança pública, que consideraram a medida um retrocesso no combate ao crime organizado.
Com a intervenção de Hugo Motta, a tendência é que o texto final do projeto preserve integralmente as prerrogativas da Polícia Federal, reafirmando o compromisso do Legislativo com o fortalecimento das instituições de segurança pública.
📰 Da Redação / Chapada em Foco

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