Deputado Aliado de Bolsonaro Exonera Companheira e Parentes Após Denúncia de Nepotismo na Câmara

 

O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, exonerou nesta sexta-feira (7/11) sua companheira, uma cunhada e dois concunhados do gabinete na Câmara dos Deputados. A decisão ocorreu um dia após denúncia da coluna de Tácio Lorran revelar que o parlamentar havia transformado seu gabinete em um “cabide de empregos familiar”.

Segundo o levantamento, mais de R$ 2,1 milhões já haviam sido pagos pela Câmara em remunerações aos quatro familiares. Embora as exonerações ainda não tenham sido publicadas no boletim administrativo da Casa, o gabinete de Chrisóstomo confirmou a saída dos nomeados.

Na última quinta-feira (6/11), o deputado havia defendido as contratações e afirmado “não ver problema” nas nomeações, negando qualquer prática de nepotismo.

A companheira do parlamentar, Elizabeth Dias de Oliveira, foi a que mais recebeu dos cofres públicos — R$ 1,2 milhão. Aos 32 anos, natural de Planaltina (GO), ela ocupa cargo de secretária parlamentar desde abril de 2020, antes da formalização do relacionamento em cartório. Segundo certidão obtida pela imprensa, o casal mantém união estável desde 1º de janeiro de 2022.

Atualmente, Elizabeth recebia R$ 18.719,88 de salário bruto, além de auxílios. Questionada sobre o caso, limitou-se a dizer: “Tenho o emprego que quiser”.

Além dela, a irmã caçula, Naara Star de Oliveira Souza Dias, de 25 anos, também integrava o gabinete desde julho de 2022, acumulando R$ 386,5 mil em salários. A jovem ocupava um Cargo de Natureza Especial (CNE), função que exige registro de ponto presencial na Câmara.

No mesmo período, a concunhada Gabriela Aparecida de Lima Oliveira também foi contratada. Inicialmente, entre julho e outubro de 2022, recebia R$ 1.991,91. Ao retornar em junho de 2023, foi recontratada como CNE, com salário bruto de R$ 13.437,29 — um aumento de mais de 570%.

O caso reacendeu o debate sobre nepotismo e uso indevido de cargos públicos no Legislativo. Mesmo com as exonerações, o episódio deve continuar repercutindo no cenário político, especialmente entre os aliados do ex-presidente Bolsonaro.


📰 Da Redação / Chapada em Foco

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